É só alguém que nasceu no singular
Que vive um monólogo
Sempre buscando uma réplica
Implorando pela oportunidade da tréplica
Pobre de mim sem a métrica
Pobre de mim sem a retórica
Com essa pobreza não se acostuma
Mas esse coração em ebulição
É só mais uma ação
Que por onde vou, onde estou
Quero a canção, quero a emoção
Pois é tarde para o fim
E só quero mais ação
Afinal quem quer permanecer por aqui?
Já é tarde, repita-se!
O fim rivaliza com o início
Todo esse tempo, essa pressa, essa imensidão
É o fim, é o início é o nada
Dessa fornalha não escapo
Nasci eu, nasceu tu, nascemos nós
Aqui estamos vivendo tudo
Sendo assombrado pelo nada.