sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ROUPAS NOVAS E ROUPAS VELHAS

Tenho roupas novas que não gosto de usar
Veja este cruzamento!
Bastam 2 segundos para eu atravessar
Mas a morte só precisa de um segundo
Para me levar
Este sonho realizado
Tem exatamente meu formato
Penso em tantas coisas
Que de tão livre a imaginação
Penso que a liberdade em mim
Me confunde, me sufoca e novamente
Me liberta
Tenho roupas velhas ao qual gosto de usar
Entretanto, o que eu gosto mesmo é de me expressar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A NAU

Há muito não respiro poesia
Mesmo vendo com os olhos cegos da Lua negra
Me falta poetizar, a vista disso
Sou o precursor da alma que em mim habita
Ferozmente na natureza urgindo ser livre
Já mudei os caminhos
Mas nunca mudei a rotina de ser eu
Na arte de escrever em versos
Sou mais arteiro que escritor
Redescobrindo o que quero
O que sonho nos instantes que vivo
No sopro vagaroso do vento
A nau põe-se a navegar
Dessa forma, não vou me afogar
Na rispidez, na arrogância
Que simplesmente por ser humano possuo
Vou crendo na verdade que melhor me convém
Nessa cidade me criei, nessa cidade morrerei
Se antes disso alguns sonhos se suicidaram
Foi buscando a eterna e utópica liberdade...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

NA VITRINE

Na vitrine que montei
Não posso fazer
Com que minha timidez
Atrapalhe meu desejo



Não sou meu próprio carrasco
Podando a liberdade de fazer
Sendo mais um carneiro em bando
Conduzido por oportunistas



Na vitrine da vida que escolhi
Limpa e clara com amostra grátis
Exponho meu eu
Pessoas passam e não veem


Quem realmente eu sou
Elas não sabem ou não querem saber
Como estou hoje, pra onde vou amanhã
Na vitrine a ser escolhido, a ser acolhido.

UMA CANÇÃO

No dia que faltar chão
Vou virar vapor
Para não precisar andar
Saberei voar


É o final de uma existência
Início da minha ausência
De uma presença que marcou
Ali o amor ficou


Nas escritas e palavras ditas
Beijos dados e nos tatos
Palavras ditas em gemidos
Sorrisos e lágrimas se confundem


No céu não posso tocar
Na Lua não vou nadar
O Sol não escolhe a quem aquece


Na imensidão de tudo
Sou nada que vaga
A pedra que foi atirada...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

ESVAZIAR

Vazar-se de paixão
Deixando rastros pelo chão
Sabendo
Que a pior saudade
É aquela que não se pode matar...
Sem saber onde desaguar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REFLEXÃO

Somente três coisas me movimentam, nesse mundo em movimento: O skate no meu pé, a cerveja na minha mente e a música na minha alma!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

REFLEXÃO

O sorriso verdadeiro é a maneira mais honesta de demonstrar a felicidade interior.

domingo, 3 de outubro de 2010

DIGA LÁ !

Diga lá!
Pra que fazer você chorar
Na real
Quero ver seu sorriso brilhar
Na sua pele tocar
Seu perfume sempre cheirar
Diga lá!
O que é preciso fazer para lhe conquistar?
Não sou muito de esperar
Prefiro agradar
Nos momentos, nos sonhos, nos inventos
Ser meu, ser seu
Depois de me ver no seu olhar
Foi só beijar
Diga lá ! Se gostou?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UM GIGANTE AZUL

O gigante azul anda circulando
Em torno de si e nunca pára!
Ora, tem luz e é quente
Ora, é escuro e frio
Já foi fervor
Também foi gelo
Nele cabe toda vida, toda morte
Sempre em transformação
Apanha e bate, em tudo e todos
É tão belo...
Não é o único que circula em si
Como o gigante azul
Também circulo em mim me transformando!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MIUDEZA

Meu sonho é tão pequenez
Mas ponho você nele
No coração em miudeza
A frase escrita é:
Você tem sua vez
Emboscada da vida
Privando sua ida
Quem sabe da próxima vez
Eu agrade o freguês.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

GIROS DE UMA DANÇA SEM FIM

Rodando em mim
Roda sem fim
Ora, tentando esquecer
Ora, desejando lhe ter
Entretanto sem escapatória
Giros da memória
Está marcado na história, passou
Sentiu-se derrotado e entranhou-se
Manchas lívidas na face clara da Lua
Anseio ardente com algumas confusões na mente
Deflorar a si mesmo, tentando mudar algo
Dedignar-se pelos atos
Punir-se diante dos fatos
Avaliado, avaliando...
A minha vida é assim
Continuo dançando.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

REFLEXÃO

Hoje estou melhor que ontem, e amanhã estarei melhor que hoje.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

APENAS UMA ESPERA

Quando o pingo de tristeza apareceu
Chuviscou na minha alegria
Afastou uma boa companhia
Direcionou minha alma
Na direção da depressão
Deixando-me sem orientação
Fez nascer um oceano melancólico
Hoje minha teimosia é ser triste
Tudo perdeu a graça
Até a menina na praça
Estou em estado de desgraça
Meus pedaços são peças
De um jogo sem fim
Mas a regra é alheia
Azar ou sorte
Fico esperando a morte.

domingo, 29 de agosto de 2010

TAPETE COLORIDO


É tempo de frio e chuva
De árvores desnudas
Com folhagem ao chão
Pétalas arrancadas pelo vento em vão.


Já é hora do Sol aparecer
Não vá esquecer
De vigiar o mundo
Em todo instante, todo segundo.


No silêncio de um olhar
Que vive buscando um lugar
Na intenção de parar e repousar.


Nessa grama em aquarela
No deleite da quimera
Na vontade de encontrar ela.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

LINHA LIMÍTROFE


Deixei a portinhola aberta
Para meu sonho avoar
Dando uma virada na página da vida
Tudo em branco pus a escrita
No mesmo instante mergulho em mim
Arranco as raízes podres e cultivo o jardim
É meu método de atrair a paixão alheia
Perfume e beleza, borboletas e abelhas
Ousada ela atravessou a linha limítrofe
Só para me conquistar... Deu certo!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

HOMEM SISUDO


Um homem sisudo
Não sabe em que estação está
Nem acompanha as ondas no mar
Nunca viu o pôr-do-Sol
Nada sabe sobre o amanhecer
Não presta atenção no pássaro cantar
Nem imagina que ele sabe voar
E eu, duvido que ele saiba o que é amar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SONETO NA PEDRA


Pela leveza da vida
Pensando na ida
Sentado na pedra, aqui parado


Porta voz que fala para si
Sós, refletiu-se
Bordando um esboço seu


No ato de elucidar-se
Porventura, passou o dia
Para levantar-se
Na aventura que queria


É porque o frio vem do norte
Trazendo qualquer sorte
Com o paletó de linho
Bebendo um bom vinho.

domingo, 15 de agosto de 2010

FUGINDO


É o meu momento de fuga
Uso o desforço da luta
Corro, corro, corro rápido e veloz
Passo por uma fresta ou por qualquer brecha
É que a tristeza interior está em expansão
Não posso deixar que toque meu coração
Quero estar exatamente onde ninguém está
Fujo de tudo e de todos,
Pensamentos e momentos
Quando eu voltar, uma semente vou lhe dar
Logo germinara a alegria que fui buscar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PESSOAS SILENTE

Minha solidão me aperta expelindo lágrimas
Ouço seu corpo versar minha ausência
Assevera-se em um texto simples
Letras que quando separadas nada dizem
Pois, de ver-se a lacuna aberta
Sabe-se que alguém lhe falta no seu íntimo
Pior que a morte precoce, é o desprezo eterno
Tens por mim o que não tenho por você
O ciclo natural que criamos, é lastro de fogo apagado
Mas se nossos corpos inflamam quando atritados
Separados somos apenas pessoas silente de almas carente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

TROVA REAL


Governante e governado
Povo na pobreza
Estado desgovernado
Burguesia na realeza

terça-feira, 3 de agosto de 2010

MEU PRÓPRIO PERSONAGEM


Pensamentos resvalam na liberdade
Na minha literatura nem tudo é verdade
Uma displicência na existência covarde
No escrever, no saber e no ser
Imaginando quem será o próximo a ler
Sou um personagem pronto e fechado
Negacear interpretar outro papel
Que não seja o '' eu ''
Somente assim sou eu
No papel real
Estagiando em mim
Mesmo assim, mesmo assim
Não sou profissional
Nem sou imortal
Não estou na academia , nem estou na livraria
Estou em mim, estou assim em cada letra posta
Em um único momento de coragem me vejo vivo.

sábado, 31 de julho de 2010

MEU RASCUNHO


Meu rascunho
É um pouco de coisa
Boa ou ruim
Certo ou errado


Meu Rascunho
Serve para criar
Aperfeiçoar
Na hora de amar


Meu rascunho
É poética
Quando verso
É pedaço de papel que vejo


Meu rascunho
Ante vê minha perfeição
Sentindo emoção
Sendo frágil e precário


Meu rascunho
Me direciona
Para o acerto
Em minha vida.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

EM JEJUM


Três são as lâmpadas acima de mim
Baixo é o som que vêm à esquerda
Pequenas são as palavras que leio
Intrigante é sentir o vento passar,
Sem pedir licença
Sossegado surge pensamentos
Interminavelmente o relógio gira
Noto,
Que é preciso parar e alimentar a alma em jejum.

CINCO ESTRELAS


Em profundo cativo
Preso ao poema
Livre apenas na criação
O melhor poema que criei
É perfeito, traz vida, e,
Está em harmonia
Com a minha natureza
Realmente é uma pena
Que ele viva na estante empoeirada
Servindo de motel cinco estrelas para traças.

TORMENTOSO E TALENTOSO

Vidigal-RJ

foto: Alex Carvalho


Tormentoso e talentoso
Minuciosamente mentiroso
Pipa no ar
Vento a soprar
Olha-se tudo!
Mas sem saber pra onde ir
Depois de pecar e gostar
Conquistar o perdão
Paraninfo da dor
Veja o que sobrou
Tragédia minha
Sorte sua
Nada de ternura
Alias, agora
Ponho-me quieto
Talentoso e muito
Porém, tormentoso.

MEU MUNDO EM PALAVRAS


Hoje é solidão guiada
Morada da quimera
Em uma janela pintada
Vejo-a sentada.


Sem questionar
Apenas experimentar
Quiçá gostar.


Palavras em meu mundo
Universo confuso
Para criar um texto lírico


Mas meu corpo silenciosamente
Em pura pantomima aproxima-se
Comunica-se com suas palavras
Apagando um apático dia.

CADA DIA


Improdutivo dia
O Sol foi abortado
Pingos d ' água no telhado
A chuva impostou-se
Maturando meu dia
Tornando-me forte
Ante a covardia de realizar o sonho
Luz, calor e som
Sol, espelho e lar
Tudo que vejo no mar
Reflito e sigo
Simplesmente, sinto
Cada dia que nasce em mim.

IDÉIA ACABADA


Nasceu uma idéia
Na caixa de música nua
Vestiu-se de branco
Manteve-se viva
Dançando com graça
Uma bailarina, na leveza
Casou-se com a idéia
No final da corda
O término da música
Fecha-se a caixa
A bailarina guardada
Minha idéia acabada.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

RUPTURA DO LAÇO


Na ruptura do laço
Delicadamente desfaço
Assim impeço.


Que os sentimentos
Marchem cadenciados
Dia e noite
Em sobreaviso.


Supremo agora
É meu silêncio
A sentinela atenta
Em uma caixa de ressonância.


A ruptura do laço
Em meu presente desfaço
No passado eu guardo
E o futuro aguardo...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PASSOU


No ápice era só tocar
Mas a cada respiração,
Em cada segundo passado
Um passo é dado para trás.


Anteriormente sentia o pulsar
Fervoroso nas veias latentes
Agora! fervor é dor.


Morte aos momentos passados
Foram muitos passos dados
O que antes era só tocar
Hoje está perdido no ar.


A pedra foi posta no meio
Simbolizando o fim
Do outro lado, outra vida
Que virou meu passado.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

VIVIANE BELO


Pensando nela
Quis juntar os mapas
Transformar quilômetros
Em centímetros


Traze-la até minha janela
Derrubando as divisas
Para dividir um único lençol


É pretendido e sabido
Que nem a pele
De nossos corpos quentes
podem nos impor limite
Ao que a alma deseja


Sem mais barreiras
Além da fronteira
Unindo-me a você
Achado o procurado.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

HISTÓRICO DE VIDA


Não escrevo minha história de lápis
Nunca tive a pretensão,
De apagar o que passou.


Meu histórico eternizou
Para sempre lembrar,
Quem eu sou.


Minhas escritas
Trazem lembranças mas,
Não aquieta o corpo sedento,
Por você.


Confesso a miserabilidade poética
De versos, simplíssimos e rimas previsíveis
Mas de conteúdo verdadeiro
Expressando pensamentos ligeiros.

domingo, 9 de maio de 2010

PLANO ABSTRATO


Alguém abstrato
Platonicamente apaixonado
Eu Infinitamente em mim,
Você abstrato, em si
Todas às vezes desde o
Primeiro dia que lhe vi
Em abstrato
Sempre alegre.
A diferença é,
Não poder tocar
No abstrato, e, meus
Sentimentos pus em um prato
Ferozmente devorados
Deliciosamente degustado
Lentamente digeridos
Não quero mais estar
No plano da imaginação
Basta estar sempre no seu coração
Sendo alguém concreto.

MEU DESTINO


Seu nome ecoa procurando o meu
Teu corpo é imã, meu corpo é ferro
Seu cheiro tateia o ar a me procurar
Teu som enfrenta meu silêncio
Sou o resultado de sua busca
És perfeitamente a minha paz
Seu pensamento em mim
Meu pensamento em ti
Juntos em construção
Um só destino
Duas, únicas, vidas.

FORA DO AQUÁRIO


Fora do aquário sem poder respirar
Sentindo a mesma angustia,
Ao qual ponho em meus versos
Quando deito no canto da minha cama
Em um lençol límpido e claro
Vejo o paralelo de um mundo
Meu mundo...
Ora vazio, ora cheio
Com a porta aberta
Pessoas entram e saem
E eu ? em meu canto
Dando um jeito de pensar no final
Voltar quem sabe...
Mas não!
Já sai do aquário
Vou explorar o grande oceano vida
Quem sabe assim
Da próxima vez
Verso alegria...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

CHAMADO


E se Deus me chamar agora ?
Antes de chegar aurora
Mandando eu ir embora
Sem levar malas,
Sem saber pra onde
Chamada urgente e iminente


E se Deus me chamar agora ?
Em qualquer hora
Em qualquer lugar
Tenho que ir sem resistir
Sem sentir dor
Indo com amor


E se Deus me chamar agora ?
Exatamente agora!
Eu vou...vou-me a Deus.

terça-feira, 4 de maio de 2010

ATRELANDO PENSAMENTOS


Sou uma máquina de escrever
Porque sei que ela vai ler
Quero que admire cada verso meu
Que leia meu poema com sorriso


Que seus olhos ao percorrer o texto
Venha encontrar em um contexto
O oásis literário necessário
A calmaria para um coração agitado


Vou agora com expectativa
Após missão cumprida
Quero a conquista


Pois a escrita
Vai dizer como me sinto
Atrelando pensamentos a você.

TRISTE, LIBERDADE DA TRISTEZA


Levo a tristeza na coleira
Alimento-a, passeio com ela
Nesse vazio quieto,
O corpo quer estar na horizontal.


Pode-se dizer
Que nem todo impulso
Deve ser atendido,
Sendo uma regra básica da vida.


Pensamentos fracionados
A tristeza ao meu lado
Tenho-a em minha mão
Sendo ela a melhor amiga
Da minha solidão.


Mantenho-a em cárcere
Achando que posso controla-la
Mas na verdade vou solta-lá
Livre terás asas, assim,
A tristeza livre se foi...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

MARÉ ALTA


Lua, lhe vejo cheia
Mas és vazia
Linda solidão


Na maré de sizígia
Delírios secretos
Perigoso mar


Espero a Lua ser empurrada pelo Sol
Pois necessito navegar nesse mar
E só assim, esperando calmamente
A maré vazante irá chegar


Para eu me virar
Um lobo do mar
Também solitário,
E sempre solidário.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

SONETO LIVRE

foto: sarah Rodrigues



Nasceu chamada flor
Em seu mundo finito
Com o destino em crivo


Cheia de vida
Bela e perfumada
Desejada...esperada!


De uma serenidade tamanha
Seu silêncio grita mágoa
Levada pelo vento, penando
Sorri pela última vez


Morre modificando o estado
Da prisão domiciliar da alma
Para a esperança de libertar o corpo
Do desejo impróprio, do mundo finito.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

SONETO DO FIM

foto: Sarah Rodrigues


Ela avalia em mim a avaria
Seu olhar percorre meu corpo,
Dando fardos, dando dor


Uma palavra, um tiro
Efeito igual, mortal
Antever para prever


Mesmo antes de nascer,
Para exercer o dever de viver
Fui amado é verdade, uterinamente amado
Mas nem sempre o sorriso escapa sincero.


É tão simples a união
Em estado de paixão
Pena mesmo, é deixar a palavra dita
Pôr o fim, antes do final feliz.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

VERVE

Foto: Sarah Rodrigues

Existe um motim em mim
Sentimentos rebelam-se
Deve ser a puberdade,
Na vontade de versos nus
Fazendo esse poema despido,
De rimas tolas e incoerentes
Acostando apenas um manifesto,
Interno que em contato com os olhos
Bate asas pra longe até o vértice
Verve, verve, verve...
É onde crio
Nascido no cobertor do amor
Próprio....
Olho você, que é minha inspiração completa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

REFLEXÃO

A amizade construída no sofrimento, dificilmente vai a ruína.

ATO CONTÍNUO DO POETA


Poetas caminham
Pelos assoalhos literários
Caminham


Em sua marcha
Cadenciada
Caminham


Necessitando expor a poesia
Que ebuli em si
Assim caminham


Pela certeza de ouvir
Seu foro íntimo
Caminham


Por turvos lugares
Simultaneamente com pares
Caminham


Acondicionando em poemas
Sentimentos infinitos
Caminham


Poetas não correm
Poetas não param
Caminham em si
Ou em outrem



Infinitamente
Eles sempre
Caminham

segunda-feira, 5 de abril de 2010

COMO DISSE O MONGE


Vou viver até que meu corpo seja só rugas
Meu coração irá viver em meu peito sem elas
Mas por enquanto lá é um lugar ermo


Foi assim que aviltou meus sentimentos
E sobraram lágrimas brandas que,
Alagou-se tristemente sufocando tudo


Mas meus desejos por respirar vão além
Prometo levantar a Lua no céu escuro
Acender a esperança e caminhar


Vamos é hora de cantar
Para o silêncio quebrar
E nos animar


A tristeza se assustou
Correu para longe
E ela chegou
Como disse o monge

terça-feira, 30 de março de 2010

MUNDO POÉTICO


Dentro da minha poesia
Crio o que eu quiser
Vou a qualquer lugar
Faço as palavras rimar


Dentro da minha poesia
Faço a imaginação vagar
Aqui o amor é perfeito
Vive em meu peito
Independente de sujeito



Na minha poesia
Não há medo de errar
O vento não pára de soprar
As palavras sempre vão chagar



E ela, minha poesia
É a extensão da minha mente
Abrange meus pensamento
Floresce meus sentimentos


Aqui e somente aqui
É o lugar mais seguro
Para meu poema viver
E a rima aparecer

O mundo poético que criei
A beleza que apenas descrevi
Não esclarece a saudade que senti
Dos lugares que conheci
E amores que eu vivi


Dentro do meu mundo
Que nunca será imundo
Sempre viverei
Sempre estarei..

FLAMINGOS DANÇAM


A dança nupcial dos flamingos
Anunciam a época de acasalar
Outros animais preferem esperar
Antes querem se alimentar
Aguardar o aquecimento do ar
O Sol é o protagonista
Faz a relva descongelar
Os raios mostram as pistas
A natureza sempre se põe
Mostra-se, singelamente
E a mensagem que eu aprendi
É..que..
A vida não dura toda vida
E morrer, é de olhos fechados
Caminhar na direção de Deus.

domingo, 28 de março de 2010

REFLEXÃO

o único lar o qual não se pode mais voltar é o útero.

sexta-feira, 19 de março de 2010

REFLEXÃO

Sorria, que atrai alegria.

segunda-feira, 15 de março de 2010

EU LÍRICO


Eu lírico, eu
Seu todo seu
Em versos que lhe dou


Por mais que eu tenha vigor
Empenhando-me em aprender
Perco-me na imensidão do tudo


Eu, que sou todo seu
Eterno e aprendiz
Querendo o tudo saber


Assim somente eu
Dentro de você
Busco formar o nosso...


Sei que nem tudo vou saber
A minha mortalidade não deixará
Fato é que dentro do meu eu
Deixo você ficar...

sábado, 13 de março de 2010

QUE TE DISSE O VENTO HOJE AO PASSAR ?




Vá buscar um olhar
Alguém que valha estar
Abriu a lacuna do porém


Mandou também escutar
Com paciência aconselhar
Disse-me para ultrapassar
As barreiras e improvisar


Sussurrou-me que a chuva cairá
Mas logo o Sol chegará
E que eu não deveria me assustar
Pois iria trovejar



Cismou que eu era trovador
Sou apenas um curioso
Assim como sou leitor
Todavia, hoje escrevo para o povo.

OBS: resposta dada a um dos tópicos da comunidade poemas e poesias.

terça-feira, 9 de março de 2010

TEXTO COM FINA TEXTURA

foto: Sarah Rodrigues


Texto com fina textura
Sorriso agasalhado
Em um beijo molhado


Convite bizarro
Posto em um jarro
Água indo pro ralo


Ofereço-lhe um vinho
Antes de irmos ao ninho
Pedinte por carinho


Ter-lhe por perto
Urdi o desejo
Maquinando momentos


Estou na fase que nada é esperado
Mas tudo é superado
Antes era o recanto da magia
Hoje é realidade sem alegria

segunda-feira, 8 de março de 2010

POESIA DE DEUS

foto: Sarah Rodrigues


Por ter a luz se apagado
Sem deixar um recado
Os olhos se fechou
Não era o final esperado
Depois da odisséia,
Vivência com experiência
É vez da alegria falar
E a tristeza calar
Da forma que se encontram
Vossos ouvidos estão apático
Mas há risos alheios simpáticos
A pedra já polida está lisa, lisa
O tempo fez sua parte
Deixando cá a saudade
Mostrando a nós
Que apesar dos olhos fechados
Somos poesia de Deus.

segunda-feira, 1 de março de 2010

SEXO COM O POEMA

foto: Robeddo


No infinito mundo da criação
Masturbo meus pensamentos
Oxigenando o poema para ele viver
Com a cadência literária necessária
Não quero machucar os olhos de ninguém
Sou altruísta...eflorescêndo aqui
Se minhas escritas tivessem um som
Seria o barulho da chuva caindo
Em um processo de criação
''Alumia'' cada letra posta
Compete a você entender
O sacrifício de expor sentimentos
Algo tão efêmero a nós
Todavia, quando poetas e leitores se cruzam
Fazem sexo no silêncio de si
Recitando as palavras
Como se fosse um gemido poético
Em uma transa única, chega-se ao ápice
O que quero dizer ?
Não sei explicar..apenas gozo ao digitar!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

ENCONTRE SUA ALEGRIA


Em escrever, ler, correr, andar, parar, respirar, esperar, adorar, escutar, falar, pular,'' skatear'', na arte, no quarto, na varanda, nela, na estante, na ''TV'', no ''DVD'', na criança, nas brincadeiras, em dirigir, no ''chopp'', na cerveja, no vinho, no cigarro, na boate, no bar, na rua, em qualquer lugar, em sentir, o vento, o beijo, o abraço, da mãe, do pai, do amigo, do irmão, nos parentes, nas frutas , nos doces, no amargo sabor, quando voar, em admirar, na foto, na projeção, na ação, na roupa nova, no frio, no quente, na segurança , no conforto, ao dançar, ao transar, ao fechar os olhos e sonhar, em jogar baralho, em navegar na ''internet'', em fazer novos amigos, descobrir novos amores, em resolver a equação, em trabalhar, na música , na liberdade, na paz, na árvore, no ''video game'', na comida, no alivio, na natureza, na paternidade , na maternidade, na evolução, nas respostas, no dia, na noite, nas estrelas, no mar, no céu, encontre sua alegria em viver com Deus.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LUTANDO EM PÉ


No simples ato de abrir a janela
Ponho minha fé em me refrescar
Lanço meus olhos a qualquer lugar
Para os pensamentos delinear
Pego Sol, bebo água e fico parado
Em um canto no meu quarto
Viro planta por um instante
Faço fotossíntese pelo prazer de viver
Vendo se amadureço a sabedoria
Todos iremos cair um dia
A gravidade vencerá
Mesmo assim devemos lutar
Nascemos com validade, é verdade!
Entretanto, aprendemos que sempre
Devemos estar erguidos aos desafios
Quando a validade acabar
E o danado dia chegar
Terei meu final para me orgulhar!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NOS MEUS POEMAS


Tremenda é a ânsia de encontrar
Alguém que me tire do singular
Não sei sua identidade, nem seu rosto
Mas gostaria de sentir seu gosto
Dedico minha profissão a você
Sou poeta de papel de pão
Vendo versos em um barracão
Quero tornar poético nosso encontro
Ter nossos nomes cravado na árvore
Ser a inspiração da poetisa
Juntos seremos melodia e harmonia
Porém, se você nunca me encontrar
Nos meus poemas sempre estará.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

SONETO DA MORTE PERFEITA




Eis tu que abandonastes o presente
Ter-se-ia a certeza do futuro
És no passado que encontras aflição



Tens desprezo pelo meu rosto
Deveras ser mais forte
Glorificaras com seu punhal
Um funesto momento



Na nebulosa noite fria
Escondestes dentre as folhagens
Espreitando a recente morte



Com o cadáver quente
O sangue extravasava
Consumado nas etapas
O crime acabado na estrada.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EXTEMPORÂNEO



Ser espectador da própria tragédia
Daqui pra trás não mais mudarei
É o marco da nova jornada
No meu quintal de alma lavada
A esperança já foi apanhada
E o relógio está com a hora errada
Na contagem do tempo me perdi
Sou sim extemporâneo por hoje
Sendo um conjunto de enganos
Se não me vejo regendo esse poema
Vejo-me escrevendo sem dilapidar a canção
Serei o coreto impulsionando as palavras melódicas
Faço parte da corja literária
Já descobri que não haverá glória.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SOU BREVE...SOU LOUCO..SOU EU


Vou prender o Sol em uma gaiola
Deixarei a Lua gigante ir embora
O Sol não quer mais brilhar
E eu não quero o Luar
Quero o prazer da escuridão
Estando em minha solidão
Puxarei o céu até o chão
Derramarei água no vulcão
Desfaço tudo que foi feito
Não sou um bom sujeito
Varro as estrelas pra longe
Jogo os planetas no lixo
Faço do seu universo de capricho
Um inferno de risos
Alago de lágrimas os buracos da vida
Cuspo no cometa que passa
Mais um astro sem asas
Invento o mundo que posso
Sem tempo, sem vento e sem morte
Mato apenas o que nasceu
Sou breve ....sou louco...sou eu!

AMIGOS

Tulipas


Posso afirmar que o papel é um bom amigo
Não recusa meus pensamentos transcritos
Nem desenhos, idéias ou riscos
Sempre divide comigo o peso da vida
Com sua clareza põe-se a minha disposição
Em silêncio aceita a minha opinião
No seu seio está a minha alimentação
O papel que antes estava em branco
Agora manchado de palavras modestas
Criando vagarosamente a saída para a esperança
Ajudando no planejamento dos sonhos
Aceitando minhas escritas certas ou erradas
Fazendo ser o repouso perfeito de um poema
Mas na verdade também sou amigo do papel
Dando sentido e função a sua existência
Por nossa amizade, por toda eternidade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EMBOLADOS


Retratar pensamentos em escritas
Transformar escritas em versos
Usar os versos em estrofes
Juntar as estrofes em rimas
Dar sentido e vida ao que se lê
Sair da solidão e ir para a multidão
Ter a ousadia de encarar a crítica
Expor os sentimentos verdadeiros
Sejam alheios ou não
Me rasgar para depois me colar
Seguir as regras e depois burla-las
Na esperança de escapar
Gastando o pedido exclusivo
Dividindo a culpa do erro
Quando se pode ter prazer
Em assumir a própria existência
Dos fatos delituosos e imorais
Só para exprimir o perdão
Teria a chance de seguir
Sem mais mentir para si
Arrancando-lhe da consciência a dor
O problema dos erros que cometemos
É que vivem no passado e em sombras
Assustam quando se lembra
Aprendem aqueles que vêem
A lição que a vida nos ensina
Sem a pretensão da afirmação
Esqueça à arrogância do que está feito
Mesmo nesses versos embolados
Aprenderemos um bocado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ME BASTA

foto: Renan Barbosa


Hoje suspiro pela vida
Sem a pretensão da eternidade
Me basta

Viver minhas realizações
Aventurar-me pelo desconhecido do teu corpo
Me basta

Com a ausência do amor verdadeiro
Viver na memória de alguém
Me basta

Fazer parte do seu passado
Projetar a ânsia de beijar-te
Me basta

Aperta-la em um momento único
Escorregando feito sabão em ti
Me basta

Saber que viveu o martírio
Na solidão da perda
Me basta

Ter a simetria dos versos
Tê-la longe descontente
Me basta

Saber que nessa vida posso sorrir
Me alegrar por aí
Bastando ser eu.

sábado, 30 de janeiro de 2010

SECO





Pera lá,
Retire esse pensamento seco
Mude o jeito amargurado
Andarilho da caatinga
Não mostre os espinhos
Xiquexique por dentro
Rico em água !
Rachando o sertão
Com a força da luz
Desengano oásis
Rasteja espreitando
Ser caça ou caçar
Vida ou morte
Chuvisca no ar
Graciosamente as gotas no rosto
Suavizando o amargo
A chuva fez gracejar
Homens e animais

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

LUZ




Essa flâmula acesa
Em braseiro constante
Se alimenta do ar


No suspiro do vento
Vai se aconchegar
Visível e ardente


Ao tocá-la não houve dor
Só um duradouro ardor
saltitante no peito
Sem tropeço inesperado



Leigo, talvez nem saiba
Se és incompetente,
Ou inocente para amar



Mas essa chama do avivamento
Mantém o desejo por ti
Iluminando por onde seguir.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ATOS





ATO I



Não chore no mar

Misture as lágrimas

Em outro lugar



Escafedeu-se no ar

Indolor, incolor e incomum

Acabou tempestuoso



Vá se acalmar rapaz

Procure falar o que há

Entenda a gravura em sua mente

Observe aquela gente



Lute! mesmo que na retaguarda

Procure fazer o bem

A tristeza sempre procura

Alguém para afetar



Não esqueça que

As estrelas morrem

Seja no céu, seja no mar

Aproveite a beleza e o brilhar




ATO II




E a Lua ?

Escrava da Terra

O que tem ?

Sei lá..

Apenas vejo girar sem parar

Deve ser para iluminar

Só isso ?

Não também tenta em vão

Controlar o mar e sua maré

Uma escrava que quer controle ?

Pois é...

Esquece que a Terra com sua vaidade

Se enfeita da Lua

Lembra o Sol, que a Terra

É sua escrava ! e na sua vaidade

Se enfeita dela

Guerra de astros, vai entender..




ATO III




Vindo do Céu veloz

Incancedente e luminoso

Atravessando as esferas

Provocando as nuvens



Em direção ao mar

Quer megulhar

Sentir seu frescor



Viu o menino com os olhos parados

Fez o pedido de dentro do quarto

Para que a estrela não morra



Por fim o encontro

Da estrela-do-mar

Com a estrela do céu

Fazendo a lágrima secar



Anime-se então

Pois há festa no céu

Festa no mar

Há festa em qualquer lugar.






sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

QUEM SOU EU ?



Sou eternamente imperfeito
Simples do meu jeito
Escondendo complexos pensamentos


Minhas teorias e convicções
Experiências e as realizações
Decepções, casos e amores


Às vezes me sinto assim, sei lá
Como uma escrita em uma pedra
Sendo desgastada pelo tempo
A chuva, o Sol e o vento


Descobri que me empurraram
Dei a partida na vida
Seguindo uma viagem
Em direção ao meu fim


Assim, sou eu súplice
Por sabedoria
Esperando o corpo e alma
Serem coadjuvantes.