sábado, 14 de agosto de 2021

CARROSSEL

Cá estou em meu canto
É incrível perceber a velocidade que a vida passa
Culpa do tempo! Talvez, se avisasse que tudo seria assim
Algo seria diferente, quem sabe?
Por dentro, memórias surgem como ondas 
Bailam as marés de pensamentos inquietos
Batem nas paredes de meu cérebro
Revelando os pensamentos límpidos
Porém, muitas vezes incompreensíveis 
Sim, há certeza de grandes momentos vividos
É incrível como o ar que respiro
Vem ditando o ritmo do meu coração
Como tenho outra certeza
De que estou no controle de tudo
Decerto que sempre estive com as mãos no volante
É que meu carro
Fixo no carrossel vai seguindo viagem
Sem se incomodar com a velocidade da vida
Pois a chegada, a largada, o caminho
Tudo isso encontrará o fim.

                     

quarta-feira, 31 de março de 2021

JESSICA NATARELLI

Essa noite me camuflei no silêncio

Aproveitei meus pensamentos e me transportei

Ora era passado, ora era presente e ora estava no futuro

Durante todo o percurso, havia algo em comum

Era o coração acelerado

Batidas rítmicas que fluiam no ar

Então, foi quando uma mão suave acariciou meu rosto

Senti seu corpo entrelaçado ao meu

Seu coração em paz aquietou tudo ao redor

Logo dormi levemente

Fui parar nas profundezas da minha mente

Dessa viagem me sobrou retalhos de um sonho

Que me parecia real

Mas na verdade

Tudo o que acontecia dentro de mim

Era surreal

Tanta irrealidade me deixou sem conclusão

Como este poema que seguro em minha mão.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

VAGAR

Fecho aqui este poema

Trabalho com ideias

Que me fogem entre os dedos

São aliadas do ar

E não adianta amar

Quem já foi vagar






CAOS

A miséria grita nas ruas

Uma sociedade desnuda e surda

As palavras não rimam nuas

A segurança é miúda

Quem é a vítima ?

A exaustão renova a exaustão

Os fios não se conectam

Seja bem-vindo ao caos

Acomode-se e assista ao final

Já que seu silêncio é vil

Criamos memórias sobre o que?




quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

PINDORAMA

Os olhos despertaram sob o teto opaco

É difícil levantar

Em fragmentos longínquo, existiu um sonho

Por isso, tão pouco se faz presente

A bruta realidade destrói o que já era ausente

Por que a memória se frustra?

Já que nem sempre é possível recordar o vazio

E na falta de ar

Sinto a vida evaporar

Azul, verde, branco e amarelo

Cores que nunca rimaram

Sede que nunca acabou

A fome que sempre retornou

Da ilha até virar terra

Sobrou o pau

Do que antes pindorama

Hoje poucos amam