sábado, 27 de fevereiro de 2010

ENCONTRE SUA ALEGRIA


Em escrever, ler, correr, andar, parar, respirar, esperar, adorar, escutar, falar, pular,'' skatear'', na arte, no quarto, na varanda, nela, na estante, na ''TV'', no ''DVD'', na criança, nas brincadeiras, em dirigir, no ''chopp'', na cerveja, no vinho, no cigarro, na boate, no bar, na rua, em qualquer lugar, em sentir, o vento, o beijo, o abraço, da mãe, do pai, do amigo, do irmão, nos parentes, nas frutas , nos doces, no amargo sabor, quando voar, em admirar, na foto, na projeção, na ação, na roupa nova, no frio, no quente, na segurança , no conforto, ao dançar, ao transar, ao fechar os olhos e sonhar, em jogar baralho, em navegar na ''internet'', em fazer novos amigos, descobrir novos amores, em resolver a equação, em trabalhar, na música , na liberdade, na paz, na árvore, no ''video game'', na comida, no alivio, na natureza, na paternidade , na maternidade, na evolução, nas respostas, no dia, na noite, nas estrelas, no mar, no céu, encontre sua alegria em viver com Deus.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LUTANDO EM PÉ


No simples ato de abrir a janela
Ponho minha fé em me refrescar
Lanço meus olhos a qualquer lugar
Para os pensamentos delinear
Pego Sol, bebo água e fico parado
Em um canto no meu quarto
Viro planta por um instante
Faço fotossíntese pelo prazer de viver
Vendo se amadureço a sabedoria
Todos iremos cair um dia
A gravidade vencerá
Mesmo assim devemos lutar
Nascemos com validade, é verdade!
Entretanto, aprendemos que sempre
Devemos estar erguidos aos desafios
Quando a validade acabar
E o danado dia chegar
Terei meu final para me orgulhar!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NOS MEUS POEMAS


Tremenda é a ânsia de encontrar
Alguém que me tire do singular
Não sei sua identidade, nem seu rosto
Mas gostaria de sentir seu gosto
Dedico minha profissão a você
Sou poeta de papel de pão
Vendo versos em um barracão
Quero tornar poético nosso encontro
Ter nossos nomes cravado na árvore
Ser a inspiração da poetisa
Juntos seremos melodia e harmonia
Porém, se você nunca me encontrar
Nos meus poemas sempre estará.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

SONETO DA MORTE PERFEITA




Eis tu que abandonastes o presente
Ter-se-ia a certeza do futuro
És no passado que encontras aflição



Tens desprezo pelo meu rosto
Deveras ser mais forte
Glorificaras com seu punhal
Um funesto momento



Na nebulosa noite fria
Escondestes dentre as folhagens
Espreitando a recente morte



Com o cadáver quente
O sangue extravasava
Consumado nas etapas
O crime acabado na estrada.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EXTEMPORÂNEO



Ser espectador da própria tragédia
Daqui pra trás não mais mudarei
É o marco da nova jornada
No meu quintal de alma lavada
A esperança já foi apanhada
E o relógio está com a hora errada
Na contagem do tempo me perdi
Sou sim extemporâneo por hoje
Sendo um conjunto de enganos
Se não me vejo regendo esse poema
Vejo-me escrevendo sem dilapidar a canção
Serei o coreto impulsionando as palavras melódicas
Faço parte da corja literária
Já descobri que não haverá glória.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SOU BREVE...SOU LOUCO..SOU EU


Vou prender o Sol em uma gaiola
Deixarei a Lua gigante ir embora
O Sol não quer mais brilhar
E eu não quero o Luar
Quero o prazer da escuridão
Estando em minha solidão
Puxarei o céu até o chão
Derramarei água no vulcão
Desfaço tudo que foi feito
Não sou um bom sujeito
Varro as estrelas pra longe
Jogo os planetas no lixo
Faço do seu universo de capricho
Um inferno de risos
Alago de lágrimas os buracos da vida
Cuspo no cometa que passa
Mais um astro sem asas
Invento o mundo que posso
Sem tempo, sem vento e sem morte
Mato apenas o que nasceu
Sou breve ....sou louco...sou eu!

AMIGOS

Tulipas


Posso afirmar que o papel é um bom amigo
Não recusa meus pensamentos transcritos
Nem desenhos, idéias ou riscos
Sempre divide comigo o peso da vida
Com sua clareza põe-se a minha disposição
Em silêncio aceita a minha opinião
No seu seio está a minha alimentação
O papel que antes estava em branco
Agora manchado de palavras modestas
Criando vagarosamente a saída para a esperança
Ajudando no planejamento dos sonhos
Aceitando minhas escritas certas ou erradas
Fazendo ser o repouso perfeito de um poema
Mas na verdade também sou amigo do papel
Dando sentido e função a sua existência
Por nossa amizade, por toda eternidade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EMBOLADOS


Retratar pensamentos em escritas
Transformar escritas em versos
Usar os versos em estrofes
Juntar as estrofes em rimas
Dar sentido e vida ao que se lê
Sair da solidão e ir para a multidão
Ter a ousadia de encarar a crítica
Expor os sentimentos verdadeiros
Sejam alheios ou não
Me rasgar para depois me colar
Seguir as regras e depois burla-las
Na esperança de escapar
Gastando o pedido exclusivo
Dividindo a culpa do erro
Quando se pode ter prazer
Em assumir a própria existência
Dos fatos delituosos e imorais
Só para exprimir o perdão
Teria a chance de seguir
Sem mais mentir para si
Arrancando-lhe da consciência a dor
O problema dos erros que cometemos
É que vivem no passado e em sombras
Assustam quando se lembra
Aprendem aqueles que vêem
A lição que a vida nos ensina
Sem a pretensão da afirmação
Esqueça à arrogância do que está feito
Mesmo nesses versos embolados
Aprenderemos um bocado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ME BASTA

foto: Renan Barbosa


Hoje suspiro pela vida
Sem a pretensão da eternidade
Me basta

Viver minhas realizações
Aventurar-me pelo desconhecido do teu corpo
Me basta

Com a ausência do amor verdadeiro
Viver na memória de alguém
Me basta

Fazer parte do seu passado
Projetar a ânsia de beijar-te
Me basta

Aperta-la em um momento único
Escorregando feito sabão em ti
Me basta

Saber que viveu o martírio
Na solidão da perda
Me basta

Ter a simetria dos versos
Tê-la longe descontente
Me basta

Saber que nessa vida posso sorrir
Me alegrar por aí
Bastando ser eu.