sexta-feira, 9 de abril de 2010

ATO CONTÍNUO DO POETA


Poetas caminham
Pelos assoalhos literários
Caminham


Em sua marcha
Cadenciada
Caminham


Necessitando expor a poesia
Que ebuli em si
Assim caminham


Pela certeza de ouvir
Seu foro íntimo
Caminham


Por turvos lugares
Simultaneamente com pares
Caminham


Acondicionando em poemas
Sentimentos infinitos
Caminham


Poetas não correm
Poetas não param
Caminham em si
Ou em outrem



Infinitamente
Eles sempre
Caminham

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