terça-feira, 29 de setembro de 2009

O ALVOR






Fui o primeiro a ver o alvor

a superfície não reproduz a verdade

é preciso ir mais fundo para a descoberta.




Desatarraxar velhos conceitos

destarte, o contemporâneo se realiza

ladra, por sua natureza rebelde

só quer para si o amor de outrem.




Explicar pode não justificar

as intenções devem predizer as ações

queria ter uma fórmula que ajudasse.




A duração da minha vida é incerta

desenfeitar-se para simplesmente viver

não me preocupo com a narrativa da minha vida

mas me preocupo como vou viver cada instante que me resta.




sou o primeiro a ver o anoitecer

mesmo no escuro busco ir mais fundo

com os olhos fechados vou além.

1 comentário:

  1. comentário feito por um poeta da comunidade poemas e poesias.
    Elias
    O ALVOR
    Realmente muito bom. Muito mesmo. Goste de ler poemas que tenham formas singulares de expor. Esse poema tem. Gosto de poemas que tenham palavras fortes e simultaneamente doce. Esse tem. Gosto de poemas que contenham afirmações contundentes sem a arrogância da verdade e esse poema assim se manifesta. Muito bom.

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